Golpe do Pix: Como proteger seu dinheiro, recuperar valores e garantir seus direitos.
- George Fernando Lopes Vieira
- 28 de abr.
- 18 min de leitura

Imagine a sensação de ver seu dinheiro desaparecer da sua conta bancária em questão de segundos, sem que você tenha autorizado qualquer transferência. O desespero, a impotência e a angústia tomam conta quando você percebe que foi vítima de um golpe do Pix. Essa é uma realidade cada vez mais comum no Brasil, onde milhares de pessoas têm suas economias roubadas diariamente por criminosos que se aproveitam da rapidez e praticidade desse sistema de pagamento instantâneo.
De acordo com levantamentos recentes, somente em um período de dois meses, foram registrados mais de 424 mil bloqueios relacionados a golpes do Pix no país. Esse número alarmante revela não apenas a sofisticação dos golpistas, mas também como muitas pessoas, independentemente de idade ou conhecimento tecnológico, podem se tornar vítimas dessas fraudes.
A boa notícia é que você não está sozinho nessa situação. Além de existirem formas de se proteger, há também caminhos legais para recuperar seu dinheiro e buscar justiça. O ordenamento jurídico brasileiro oferece diversas proteções às vítimas de golpes financeiros, desde o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) até as recentes alterações no Código Penal pela Lei nº 14.155/2021, que aumentou significativamente as penas para fraudes eletrônicas.
Neste artigo, você descobrirá como identificar e se proteger dos principais tipos de golpes do Pix, quais passos tomar imediatamente após ser vítima de uma fraude e, principalmente, como um advogado especializado pode ajudar você a recuperar o que é seu por direito. Nosso escritório, reconhecido como o mais bem avaliado no Google e premiado três vezes como referência nacional, tem ajudado centenas de vítimas a recuperarem seus valores e a responsabilizarem os verdadeiros culpados.
Lembre-se: quanto mais rápido você agir, maiores são as chances de recuperar seu dinheiro. Continue a leitura e descubra como transformar essa situação angustiante em uma história de justiça e recuperação.
TÓPICOS DO BLOG:
Golpe da engenharia social
Como um advogado pode ajudar na recuperação de dinheiro do pix?
1 - O que é o golpe do pix e como funciona?

O Pix revolucionou a forma como realizamos transferências bancárias no Brasil. Lançado pelo Banco Central em 2020, esse sistema permite enviar e receber dinheiro em segundos, 24 horas por dia, 7 dias por semana. No entanto, essa mesma rapidez e praticidade que beneficia milhões de brasileiros também se tornou uma ferramenta poderosa nas mãos de criminosos.
2 - Entendendo o golpe do pix

O golpe do Pix é uma modalidade de fraude digital onde criminosos utilizam diversas técnicas para induzir as vítimas a realizarem transferências financeiras voluntariamente ou para obterem acesso não autorizado às contas bancárias. Diferentemente de outros golpes financeiros tradicionais, o Pix não permite o cancelamento ou estorno imediato da transação após sua confirmação, o que torna esse tipo de fraude ainda mais atrativo para os golpistas.
A característica instantânea do Pix faz com que, em questão de segundos, o dinheiro saia da conta da vítima e chegue ao destino escolhido pelo criminoso. Antes mesmo que a pessoa perceba que caiu em um golpe, o valor já foi transferido e possivelmente movimentado para outras contas, dificultando o rastreamento.
3 - Como os golpistas agem
Os criminosos utilizam técnicas sofisticadas de engenharia social – conjunto de métodos que exploram falhas humanas em vez de falhas tecnológicas. Eles estudam comportamentos, criam situações de urgência e pressão emocional, e se aproveitam de momentos de vulnerabilidade para aplicar seus golpes.
Entre as estratégias mais comuns estão:
Phishing: Envio de links maliciosos por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagem que direcionam para páginas falsas de bancos ou instituições financeiras, onde a vítima é induzida a fornecer dados pessoais e bancários.
Falsas centrais de atendimento: Criminosos se passam por funcionários de bancos, alegando problemas na conta da vítima e solicitando transferências "de teste" via Pix.
Clonagem de perfis em redes sociais: Após invadir contas em redes sociais, os golpistas se passam pelo verdadeiro dono e pedem dinheiro emprestado aos contatos. 1. 2. 3. QR
Codes falsos: Criação de códigos QR fraudulentos que, ao serem escaneados, direcionam o pagamento para a conta do criminoso.
4 - O enquadramento legal do golpe do pix
Do ponto de vista jurídico, o golpe do Pix é enquadrado como crime de estelionato mediante fraude eletrônica, conforme previsto no artigo 171 do Código Penal, com as alterações trazidas pela Lei nº 14.155/2021. Esta lei aumentou significativamente as penas para esse tipo de crime:
Para o estelionato simples, a pena é de reclusão de 1 a 5 anos, além de multa.
Para fraudes cometidas por meios eletrônicos (como o golpe do Pix), a pena aumentou para reclusão de 4 a 8 anos, além de multa (Art. 171, §2º-A do Código Penal).
Se o crime for praticado utilizando servidores fora do território nacional, a pena pode aumentar de 1/3 a 2/3 (Art. 171, §2º-B do Código Penal).
Quando a vítima é idosa (60 anos ou mais) ou pessoa vulnerável, a pena pode ser aumentada de 1/3 ao dobro (Art. 171, §4º do Código Penal).
5 - A responsabilidade das instituições financeiras
Um aspecto importante a ser considerado é a responsabilidade das instituições financeiras. De acordo com a Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça (STJ): "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias."
Isso significa que, em muitos casos, os bancos podem ser responsabilizados pelos prejuízos causados às vítimas de golpes do Pix, especialmente quando:
Não implementam medidas de segurança adequadas;
Não identificam e bloqueiam transações suspeitas ou fora do padrão do cliente;
Não cumprem as regulamentações do Banco Central sobre limites de transferência e mecanismos de segurança.
O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) também se aplica às instituições financeiras, conforme a Súmula 297 do STJ, reforçando o dever de segurança que os bancos têm em relação aos seus clientes.
6 - Regulamentação do pix pelo Banco Central
Para combater o aumento dos golpes, o Banco Central implementou diversas medidas de segurança através de resoluções e instruções normativas, como:
Limitação de valores para transferências noturnas;
Possibilidade de estabelecer limites personalizados para transações;
Prazo de 24 a 48 horas para a efetivação de alterações nos limites de transferência;
Mecanismo Especial de Devolução (MED), que permite às instituições financeiras solicitarem o retorno de valores em caso de fundada suspeita de fraude.
Conhecer como funcionam os golpes do Pix é o primeiro passo para se proteger. No próximo tópico, detalharemos os tipos mais comuns dessas fraudes e como identificálas antes que seja tarde demais.
7 - Tipos comuns de golpes do pix
Conhecer os diferentes tipos de golpes do Pix é fundamental para aumentar sua proteção. Os criminosos estão constantemente aprimorando suas técnicas, mas a maioria das fraudes segue padrões reconhecíveis. Vamos detalhar os principais tipos de golpes relacionados ao Pix e como você pode identificá-los antes de se tornar uma vítima.
a. Golpe da Engenharia Social (falsos contatos)
Este é um dos golpes mais comuns e eficazes, pois explora relações de confiança entre pessoas.
Como funciona:
Os criminosos invadem contas de WhatsApp, Instagram ou outras redes sociais e se passam pelo verdadeiro dono do perfil. Em seguida, entram em contato com amigos e familiares da vítima, alegando estar em uma situação de emergência e pedindo transferências via Pix.
Como identificar:
Pedidos inesperados de dinheiro, mesmo que venham de contatos conhecidos
Mensagens com erros gramaticais ou padrão de escrita diferente do habitual
Histórias de emergência que exigem transferência imediata
Resistência quando você sugere fazer uma ligação telefônica para confirmar a situação
Como se proteger:
Sempre confirme pedidos de dinheiro por outro canal de comunicação (ligação telefônica)
Desconfie de mensagens que criam senso de urgência
Verifique se o número que está enviando a mensagem é realmente o número salvo do seu contato
Ative a verificação em duas etapas em todas as suas redes sociais e aplicativos de mensagem
Base legal:
Este tipo de golpe é enquadrado no artigo 171, §2º-A do Código Penal, com pena de reclusão de 4 a 8 anos, além de multa, por se tratar de fraude cometida com a utilização de informações fornecidas por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais.
b. Golpe do Falso Site ou Aplicativo Bancário
Esta modalidade explora a semelhança visual com sites e aplicativos legítimos para capturar dados bancários.
Como funciona:
Os golpistas criam sites ou aplicativos que imitam perfeitamente a aparência de bancos e instituições financeiras. A vítima recebe um link por e-mail, SMS ou WhatsApp, acessa o site falso e insere suas credenciais bancárias, que são capturadas pelos criminosos.
Como identificar:
URLs diferentes do endereço oficial da instituição (verifique sempre o endereço na barra do navegador)
Erros de português ou design ligeiramente diferente do site oficial
E-mails ou mensagens não personalizadas (que não mencionam seu nome completo)
Solicitação de dados que normalmente não são pedidos pelo banco
Como se proteger:
Nunca clique em links enviados por e-mail ou mensagens para acessar seu banco
Digite manualmente o endereço do banco no navegador ou use o aplicativo oficial baixado das lojas oficiais
Verifique se o site possui o cadeado de segurança (HTTPS) na barra de endereço
Mantenha seu antivírus atualizado
Base legal:
Além do artigo 171, §2º-A do Código Penal, este golpe também pode ser enquadrado na Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), que protege os dados pessoais dos cidadãos brasileiros.
c. Golpe da Falsa Central de Atendimento
Este golpe explora a confiança que as pessoas têm nas centrais de atendimento de suas instituições financeiras.
Como funciona:
Os criminosos ligam para a vítima se passando por funcionários do banco, alegando problemas na conta ou transações suspeitas. Durante a conversa, solicitam dados pessoais, senhas ou pedem que a vítima realize transferências Pix "de teste" ou para "contas seguras".
Como identificar:
Ligações não solicitadas de supostos funcionários de bancos
Solicitação de senhas, tokens ou códigos de segurança por telefone
Pedidos para realizar transferências imediatas
Criação de senso de urgência ou ameaça de bloqueio da conta
Como se proteger:
Nunca forneça senhas, códigos de segurança ou tokens por telefone
Desconfie de ligações não solicitadas, mesmo que o número pareça ser do banco
Em caso de dúvida, desligue e ligue você mesmo para o número oficial do seu banco
Jamais realize transferências a pedido de supostos funcionários de bancos
Base legal:
Este golpe é enquadrado no artigo 171, §2º-A do Código Penal, com agravante quando praticado contra idosos ou pessoas vulneráveis (artigo 171, §4º), aumentando a pena de 1/3 ao dobro.
d. Golpe do QR Code Falso
Esta modalidade tem se tornado cada vez mais comum em estabelecimentos comerciais e compras online
Como funciona:
Os criminosos criam QR Codes falsos que, ao serem escaneados, direcionam o pagamento para contas controladas por eles. Esses códigos podem ser colocados em estabelecimentos comerciais, substituindo os legítimos, ou enviados por e-mail e redes sociais.
Como identificar:
QR Codes em locais suspeitos ou que parecem ter sido colados sobre os originais
Valores diferentes do esperado ao escanear o código
Nomes de beneficiários que não correspondem ao estabelecimento
Redirecionamento para sites ou aplicativos desconhecidos
Como se proteger:
Sempre verifique o nome do beneficiário e o valor antes de confirmar qualquer pagamento via QR Code
Em estabelecimentos, confirme com o atendente se o QR Code é oficial
Desconfie de QR Codes enviados por e-mail ou mensagens
Base legal:
Este golpe também se enquadra no artigo 171, §2º-A do Código Penal, podendo ser agravado pelo §2º-B se utilizar servidores fora do território nacional.
e. Golpe das Falsas Promoções e Investimentos
Este tipo de fraude explora a ganância e o desejo de aproveitar oportunidades vantajosas.
Como funciona:
Os golpistas criam anúncios de falsas promoções, sorteios ou oportunidades de investimento com retornos extraordinários. Para participar, a vítima precisa fazer um pagamento inicial via Pix como "taxa de adesão" ou "primeiro investimento".
Como identificar:
Promessas de ganhos muito acima do mercado
Pressão para decisão imediata ("oferta por tempo limitado"
Falta de informações claras sobre a empresa
Ausência de canais oficiais de comunicação ou endereço físico
Solicitação de pagamento adiantado via Pix
Como se proteger:
Pesquise sobre a empresa ou promoção antes de fazer qualquer pagamento
Desconfie de oportunidades extraordinárias ou "fáceis demais"
Verifique se a empresa está registrada nos órgãos competentes (como CVM para investimentos)
Nunca faça pagamentos adiantados para desconhecidos
Base legal:
Além do artigo 171 do Código Penal, este tipo de golpe pode ser enquadrado na Lei nº 7.492/86 (Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional) quando envolve falsos investimentos.
Como prevenir golpes do pix em geral
Além das dicas específicas para cada tipo de golpe, existem medidas gerais que podem aumentar significativamente sua segurança:
Mantenha seus aplicativos sempre atualizados, pois as atualizações frequentemente corrigem falhas de segurança.
Configure limites de transferência adequados à sua necessidade real no aplicativo do seu banco.
Ative as notificações de transações para ser alertado imediatamente sobre movimentações em sua conta.
Utilize o Pix por aproximação quando disponível, pois é mais seguro que escanear QR Codes.
Não compartilhe sua chave Pix em redes sociais ou com desconhecidos.
Desconfie sempre de contatos inesperados solicitando transferências, mesmo que pareçam vir de pessoas conhecidas.
Utilize senhas fortes e diferentes para cada aplicativo ou site financeiro.
Ative a verificação em duas etapas em todos os seus aplicativos bancários e redes sociais.
Lembre-se: a prevenção é sempre o melhor caminho, mas se você já foi vítima de um golpe do Pix, não se desespere. No próximo tópico, explicaremos exatamente o que fazer para aumentar suas chances de recuperar o dinheiro perdido.
O que fazer após cair no golpe do pix?
Descobrir que você foi vítima de um golpe do Pix pode ser uma experiência devastadora. O desespero inicial é compreensível, mas é fundamental manter a calma e agir rapidamente. As primeiras horas após a fraude são cruciais para aumentar suas chances de recuperar o dinheiro perdido. Vamos detalhar um passo a passo completo sobre o que fazer imediatamente após identificar que caiu em um golpe do Pix.
1. Contate imediatamente sua instituição financeira
O que fazer:
Entre em contato com seu banco ou instituição financeira pelo canal oficial (aplicativo, telefone da central de atendimento ou agência) o mais rápido possível.
Informe detalhadamente o ocorrido, mencionando data, hora, valor e circunstâncias da transação fraudulenta.
Solicite o bloqueio imediato de qualquer acesso remoto à sua conta.
Peça a ativação do Mecanismo Especial de Devolução (MED), previsto no artigo 41- B do regulamento anexo à Resolução BCB nº 1/2020.
Por que isso é importante:
O Banco Central estabeleceu o MED justamente para situações de fraude. Este mecanismo permite que sua instituição financeira solicite à instituição do recebedor o bloqueio cautelar dos valores. Quanto mais rápido você acionar este mecanismo, maiores as chances de recuperação.
Base legal:
De acordo com a Resolução BCB nº 103/2021, as instituições financeiras têm o dever de iniciar o procedimento de devolução quando há fundada suspeita de fraude. O prazo para solicitar o MED é de até 80 dias da data da transação, mas as primeiras horas são decisivas.
2. Registre um boletim de ocorrência
O que fazer:
Dirija-se a uma delegacia de polícia ou registre um boletim de ocorrência online, se disponível em seu estado.
Forneça todos os detalhes do golpe: valores, datas, horários, como ocorreu a fraude e qualquer informação sobre os possíveis golpistas.
Solicite uma cópia do B.O. para utilizar nos procedimentos seguintes.
Se possível, procure delegacias especializadas em crimes cibernéticos, que possuem mais recursos para investigar esse tipo de fraude.
Por que isso é importante:
O boletim de ocorrência é um documento oficial que comprova a fraude e será essencial para qualquer procedimento legal posterior, seja administrativo ou judicial. Além disso, ajuda as autoridades a identificar padrões de golpes e possivelmente rastrear os criminosos.
Base legal:
O registro do B.O. fundamenta a tipificação do crime de estelionato mediante fraude eletrônica (artigo 171, §2º-A do Código Penal), permitindo a abertura de investigação policial.
3. Reúna todas as evidências
O que fazer:
Salve capturas de tela (screenshots) de todas as mensagens, e-mails ou sites relacionados ao golpe.
Guarde comprovantes de transferência e extratos bancários que mostrem a transação fraudulenta.
Anote detalhadamente como o golpe aconteceu, incluindo números de telefone, perfis de redes sociais ou e-mails utilizados pelos golpistas.
Se houver testemunhas que possam confirmar o golpe, anote seus contatos.
Por que isso é importante:
Documentar todas as evidências fortalece seu caso tanto para procedimentos administrativos junto ao banco quanto para eventuais ações judiciais. Quanto mais detalhada for a documentação, maiores as chances de sucesso na recuperação dos valores.
Base legal:
O artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil estabelece que cabe ao autor da ação provar os fatos constitutivos de seu direito. As evidências coletadas serão fundamentais para comprovar a fraude em eventual processo judicial
4. Notifique formalmente o banco por escrito
O que fazer:
Além do contato inicial, envie uma notificação formal por escrito ao banco (pode ser por e-mail ou carta com aviso de recebimento).
Detalhe o ocorrido, mencione o boletim de ocorrência registrado e solicite formalmente a devolução dos valores.
Cite a Súmula 479 do STJ e o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, que tratam da responsabilidade objetiva das instituições financeiras.
Estabeleça um prazo para resposta (geralmente 5 dias úteis).
Por que isso é importante:
A notificação formal cria um registro oficial de sua reclamação e estabelece um marco temporal para a resposta do banco. Isso será importante caso seja necessário recorrer a órgãos de defesa do consumidor ou à justiça.
Base legal:
A Súmula 479 do STJ estabelece que "as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias". Já o artigo 14 do CDC determina a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços por danos causados aos consumidores.
5. Registre reclamação nos Órgãos de Defesa do Consumidor
O que fazer:
Registre uma reclamação no site consumidor.gov.br, plataforma oficial da Secretaria Nacional do Consumidor.
Abra uma reclamação no Procon de sua cidade ou estado.
Registre uma reclamação no Banco Central através do canal "Fale Conosco" no site da instituição.
Por que isso é importante:
As reclamações formais em órgãos oficiais aumentam a pressão sobre a instituição financeira para resolver seu caso. Além disso, criam um histórico oficial de sua tentativa de resolução administrativa, o que pode ser útil em eventual ação judicial.
Base legal:
O Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) garante a proteção dos direitos do consumidor e estabelece mecanismos para sua defesa, incluindo a atuação dos órgãos de proteção como o Procon.
6. Procure um advogado especializado
O que fazer:
Busque orientação de um advogado especializado em direito do consumidor e crimes digitais.
Apresente todas as evidências coletadas e documentos relacionados ao caso.
Discuta as possibilidades de ação administrativa e judicial para recuperação dos valores.
Por que isso é importante:
Um advogado especializado conhece os meandros legais e as jurisprudências mais recentes sobre golpes do Pix. Ele poderá avaliar seu caso específico e traçar a estratégia mais eficaz para recuperação dos valores, seja por vias administrativas ou judiciais.
Base legal:
Conforme o artigo 133 da Constituição Federal, "o advogado é indispensável à administração da justiça". A orientação jurídica adequada aumenta significativamente suas chances de sucesso.
Prazos Importantes a Considerar
Para o Mecanismo Especial de Devolução (MED): Até 80 dias da data da transação, mas quanto antes, melhor.
Para reclamações no Procon: Geralmente 5 anos, conforme o CDC.
Para ações judiciais de responsabilidade civil: 5 anos, conforme o artigo 27 do CDC.
Para denúncia criminal: O prazo de prescrição para o crime de estelionato é de 8 anos para a modalidade simples e 12 anos para a modalidade qualificada (fraude eletrônica).
O que NÃO fazer após cair em um golpe do pix
Não entre em pânico ou tome decisões precipitadas: Agir com calma e seguir os passos corretos é fundamental.
Não tente negociar diretamente com os golpistas: Isso raramente funciona e pode expor você a novos golpes.
Não compartilhe publicamente detalhes sensíveis do golpe: Isso pode comprometer a investigação ou expor você a novos riscos.
Não demore para agir: O tempo é crucial para a recuperação dos valores.
Não desista facilmente: Mesmo que o banco inicialmente negue a devolução, existem outros caminhos legais a seguir.
Não desista facilmente: Mesmo que o banco inicialmente negue a devolução, existem outros caminhos legais a seguir.
Lembre-se: quanto mais rápido você agir, maiores são as chances de recuperar seu dinheiro. No próximo tópico, explicaremos como um advogado especializado pode fazer toda a diferença na recuperação dos valores perdidos em golpes do Pix.
Como um advogado pode ajudar na recuperação de dinheiro do pix?

Quando você se torna vítima de um golpe do Pix, a sensação de impotência pode ser avassaladora. Muitas pessoas desistem de recuperar seus valores por acreditarem que o processo é complicado demais ou que as chances são mínimas. No entanto, com o apoio de um advogado especializado, suas possibilidades de recuperação aumentam significativamente. Vamos entender como um profissional jurídico qualificado pode fazer toda a diferença nesse momento delicado.
O papel fundamental do advogado especializado
Um advogado com experiência em fraudes digitais e direito do consumidor possui o conhecimento técnico e prático necessário para navegar pelo complexo sistema jurídico brasileiro. Diferentemente de tentar resolver sozinho, o advogado:
1. Avalia tecnicamente seu caso
O primeiro passo de um advogado especializado é analisar detalhadamente as circunstâncias do golpe, identificando:
A modalidade específica da fraude
Os dispositivos legais aplicáveis ao seu caso
A responsabilidade das instituições financeiras envolvidas
As evidências disponíveis e as que ainda precisam ser coletadas
As chances reais de recuperação dos valores
Esta análise técnica permite traçar a estratégia mais eficaz para seu caso específico, maximizando as chances de sucesso.
2. Utiliza o conhecimento jurídico especializado
O advogado aplica seu conhecimento sobre:
Jurisprudência atualizada: Decisões recentes dos tribunais sobre casos semelhantes ao seu, que podem servir como precedentes favoráveis.
Súmulas e entendimentos consolidados: Como a Súmula 479 do STJ, que estabelece a responsabilidade objetiva das instituições financeiras.
Interpretação das normas do Banco Central: Compreensão técnica das resoluções e instruções normativas que regulamentam o Pix.
Legislação específica: Aplicação precisa do Código de Defesa do Consumidor, Código Civil e legislação sobre crimes cibernéticos.
3. Adota procedimentos estratégicos
Com base na análise do caso, o advogado pode adotar diferentes estratégias:
Procedimentos Extrajudiciais:
Elaboração de notificações extrajudiciais tecnicamente fundamentadas
Representação em procedimentos administrativos junto ao Banco Central
Mediação direta com as instituições financeiras
Negociação qualificada para acordo extrajudicial
Procedimentos Judiciais:
Ação de indenização por danos materiais e morais
Medidas cautelares para bloqueio de valores nas contas dos fraudadores
Produção antecipada de provas técnicas
Ações coletivas em casos de golpes em massa
Casos Reais de Sucesso na Recuperação de Valores
Nossa experiência como o escritório mais bem avaliado no Google e três vezes premiado como referência nacional nos permite compartilhar casos reais de sucesso:
Caso 1: Recuperação integral em golpe de falsa central de atendimento
Uma cliente de 65 anos foi vítima do golpe da falsa central de atendimento, perdendo R$ 28.000,00 via Pix. O banco inicialmente negou a responsabilidade, alegando que a transferência havia sido feita com as credenciais da cliente.
Nossa atuação: Demonstramos que a transação fugia completamente ao padrão de uso da cliente e que o banco falhou em seu dever de segurança ao não identificar e bloquear uma operação atípica. Utilizamos a Súmula 479 do STJ e o artigo 14 do CDC como fundamentos.
Resultado: Recuperação de 100% do valor em menos de 60 dias, sem necessidade de processo judicial prolongado.
Caso 2: Responsabilização de plataforma de comércio eletrônico
Um cliente realizou um Pix para pagamento de um produto em um site fraudulento que imitava uma conhecida plataforma de e-commerce.
Nossa atuação: Além de acionar o banco, demonstramos a responsabilidade solidária da plataforma original, que não tomou medidas suficientes para impedir sites clones que utilizavam sua marca e identidade visual.
Resultado: Recuperação do valor integral, com adicional de danos morais, totalizando 150% do prejuízo original.
Caso 3: Bloqueio preventivo em golpe de engenharia social
Um empresário foi vítima de golpe via WhatsApp, transferindo R$ 45.000,00 para uma conta fraudulenta, acreditando estar ajudando um fornecedor.
Nossa atuação: Acionamos imediatamente o Mecanismo Especial de Devolução (MED) e obtivemos liminar judicial para bloqueio das contas de destino e das contas secundárias para onde o dinheiro havia sido transferido.
Resultado: Recuperação de 85% do valor em 30 dias, com processo em andamento para recuperação do restante.
Por Que nosso escritório faz a diferença
Como o escritório mais bem avaliado no Google e premiado três vezes como referência nacional, oferecemos diferenciais importantes:
1. Equipe Multidisciplinar
Contamos com advogados especializados em direito digital, peritos em tecnologia da informação e profissionais com experiência no sistema financeiro, permitindo uma abordagem completa do seu caso.
2. Atuação Rápida e Eficiente
Sabemos que o tempo é crucial em casos de golpes do Pix. Por isso, nossa equipe está preparada para agir imediatamente após o primeiro contato, aumentando as chances de recuperação dos valores.
3. Conhecimento Técnico Diferenciado
Nossa experiência com centenas de casos similares nos proporcionou um conhecimento prático sobre os procedimentos internos dos bancos e as melhores estratégias para cada tipo de golpe.
4. Relacionamento com Instituições Financeiras
Mantemos canais de comunicação direta com os departamentos jurídicos das principais instituições financeiras, facilitando negociações e acordos favoráveis.
5. Atendimento Humanizado Entendemos o impacto emocional de ser vítima de um golpe. Por isso, além do suporte jurídico, oferecemos acolhimento e orientação clara durante todo o processo.
Aspectos Legais que Fortalecem Seu Caso
Um advogado especializado sabe exatamente quais dispositivos legais invocar para fortalecer seu caso:
Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90)
Artigo 14: Estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços, independentemente de culpa.
Artigo 6º, VI: Garante a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais.
Artigo 51: Define como abusivas cláusulas contratuais que impossibilitem ou exonerem o fornecedor de responsabilidade.
Código Civil (Lei nº 10.406/2002)
Artigo 927: Estabelece a obrigação de reparar o dano causado a outrem.
Artigo 932, III: Responsabiliza o empregador por atos de seus empregados no exercício do trabalho.
Artigo 942: Determina a solidariedade entre os responsáveis pelo dano.
Jurisprudência Consolidada
Súmula 479 do STJ: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
Tema Repetitivo nº 466 do STJ: Fixou a tese vinculante de que as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuitos internos.
Quando procurar um advogado?
O ideal é buscar orientação jurídica o quanto antes. Recomendamos procurar um advogado especializado:
Imediatamente após identificar o golpe
Após o contato inicial com o banco, especialmente se houver resistência na devolução
Antes de aceitar qualquer acordo proposto pela instituição financeira
Mesmo que já tenha tentado resolver por conta própria sem sucesso
Lembre-se: mesmo que o golpe tenha ocorrido há algum tempo, ainda pode haver possibilidade de recuperação. O prazo prescricional para ações de responsabilidade civil baseadas no CDC é de 5 anos.
Investimento que vale a pena
Muitas vítimas hesitam em contratar um advogado por preocupação com os custos. No entanto, é importante considerar:
A maioria dos escritórios especializados trabalha com honorários condicionados ao êxito
O valor recuperado geralmente supera significativamente o investimento em honorários
A tranquilidade de ter um profissional cuidando do seu caso é inestimável
Sem orientação adequada, as chances de recuperação diminuem drasticamente
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Não deixe que o golpe do Pix se torne uma perda definitiva. Com o apoio jurídico adequado, é possível transformar essa situação angustiante em uma história de recuperação e justiça.
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O tempo é um fator crucial na recuperação de valores perdidos em golpes do Pix. Quanto mais rápido você agir, maiores são suas chances de recuperar seu dinheiro. Não deixe que os criminosos saiam impunes e que você arque com o prejuízo.
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