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Casos que a busca e apreensão pode ser extinta e você recuperar seu veículo

  • Foto do escritor: Lucas Agassi de Souza
    Lucas Agassi de Souza
  • 13 de ago.
  • 4 min de leitura
advogado e busca e apreensão

Seu veículo foi apreendido em razão de processo de busca e apreensão. Calma. Essa situação é mais comum do que parece — e, em muitos casos, a Justiça reconhece falhas cometidas pelo banco e pode cancelar o processo. 

 

A ação de busca e apreensão é uma medida legal prevista no Decreto-Lei nº 911/1969, usada pelos bancos quando há atraso no pagamento do financiamento. No entanto, para que essa medida seja válida, é necessário que o banco cumpra uma série de exigências legais. E é aí que muitas instituições cometem erros graves. 

 

A seguir, vamos mostrar quais são os principais motivos que podem levar um juiz a extinguir uma ação de busca e apreensão, impedindo que o banco fique com o seu carro. 

A seguir, você vai conhecer os principais erros cometidos por bancos que podem levar o juiz a extinguir o processo e devolver a você o direito de manter o veículo. 

 

 

 

1. Falta de comprovação da mora 

 

Antes de buscar judicialmente a apreensão do veículo, o banco precisa provar que notificou você sobre o atraso e que deu prazo para regularizar a dívida. Isso é o que se chama de “comprovação da mora”. Súmula 72 do STJ:

 

“A comprovação da mora é imprescindível à busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente.” 

Muitos bancos entram com a ação sem apresentar nenhuma prova válida dessa notificação. Se isso acontecer no seu processo, o juiz pode negar o pedido de apreensão e extinguir a ação por falta de fundamento legal. 

 

2. Notificação elaborada de forma incorreta 

 

Mesmo que o banco envie uma carta, ela precisa ser clara, completa e específica. A notificação não pode ser genérica. 

 

Ela deve informar: 

 

  • O número do contrato; 

  • O valor da dívida ou das parcelas vencidas; 

 

📌 Se a carta for vaga, incompleta ou confusa, a Justiça pode entender que o consumidor não teve a devida chance de se defender ou negociar, tornando o processo inválido. 

 

3. Notificação enviada para o endereço errado ao busca e apreensão

 

A notificação da mora deve ser enviada ao endereço indicado no contrato ou ao último endereço atualizado pelo consumidor junto ao banco. 

Se o banco enviou a carta para um endereço desatualizado e o devedor não teve ciência da cobrança, pode haver violação ao direito de defesa. No entanto, o consumidor também tem o dever de comunicar formalmente a mudança de endereço — e, de preferência, guardar um comprovante dessa comunicação (e-mail, protocolo, carta registrada, etc.). 

 

📌Erros de CEP, ausência de atualização contratual ou falhas de cadastro são responsabilidade do banco, mas a prova da atualização é responsabilidade do devedor. 

Se o banco não provar que usou o último endereço válido informado, a notificação pode ser considerada ineficaz — e o processo pode ser extinto. 

 

4. Notificação não entregue (AR com a anotação “não procurado”) 

 

Se a carta de notificação voltar com a anotação “não procurado” pelos Correios, a Justiça entende que você não foi efetivamente avisado sobre o débito — e isso torna a ação de busca e apreensão inválida. 

 

Mesmo que o banco tenha enviado a correspondência corretamente, o simples envio não basta. É preciso provar que o destinatário teve ciência da notificação, e a ausência dessa comprovação pode derrubar o processo. 

 

5. Falsificação ou irregularidade no Aviso de Recebimento (AR) 

 

Existem casos em que o AR (Aviso de Recebimento) volta com assinaturas que não são do devedor, ou assinadas por terceiros que nem moram no endereço indicado. 

 

Isso levanta suspeitas de falsidade ou irregularidade, o que, se confirmado, torna a notificação inválida e pode levar à extinção da ação. Além disso, o consumidor pode ter o direito de acionar o banco por danos morais. 

 

6. Acordo firmado durante o processo 

 

Mesmo depois que o banco entra com a ação, você ainda pode tentar negociar. Se um novo acordo for feito — com parcelamento ou reestruturação da dívida —, a ação de busca e apreensão perde o objeto, ou seja, não faz mais sentido continuar. 

 

Quando o banco aceita o novo acordo, ele precisa retirar o processo. E se não retirar voluntariamente, a Justiça pode extinguir o processo judicialmente. 

 

Conclusão


Nem toda busca e apreensão é válida 

 

A ação de busca e apreensão é uma ferramenta legal, mas precisa respeitar os seus direitos. Se o banco comete erros — como não notificar corretamente, usar endereço errado, enviar carta mal formulada, ou se você já fez um novo acordo — é possível impedir a apreensão ou até encerrar o processo por completo. 

 

📞 Está enfrentando uma ação de busca e apreensão ou já teve seu carro apreendido? Fale com um advogado especialista agora mesmo. Podemos analisar o seu caso e verificar se o banco cometeu alguma falha que torne a ação inválida. 


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